sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

TRT/CE RETIRA HOMENAGEM A DOM HÉLDER CÂMARA

Gente, vocês sabiam que no próximo dia 07 de fevereiro será o centenário de nascimento de Dom Hélder Câmara? Alguém aí sabe quem foi Dom Hélder? Abaixo coloco até uma mini-biografia!

Pois é...ilustre cearense, nada há nesta cidade que a ele faça menção, e simplesmente o TRT do Ceará, em uma atitude “a la pérola”, decide retirar a única homenagem a ele existente em Fortaleza. E sabe porque tudo isso? Pra homenagear uma outra pessoa que, sinceramente, apesar de não conhecer, certamente não chega aos pés da espiritualidade e representatividade daquele que foi despojado de uma singela lembrança.  ISSO É MAIS QUE UM ABSURDO!!!

QUEM FOI DOM HÉLDER

"Irmão dos pobres e meu irmão", essas foram as palavras do papa João Paulo 2º a dom Hélder Câmara, na visita que o Papa fez ao Recife em 1980.
Décimo-primeiro filho de uma família de treze irmãos, Hélder Pessoa Câmara era filho de um jornalista e de uma professora. Aos quatorze anos entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde cursou filosofia e teologia.
Em 1931 ordenou-se sacerdote. Foi nomeado logo depois diretor do Departamento de Educação do Estado do Ceará, exercendo este cargo por cinco anos. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde se destacou no desempenho de atividades sociais. Fundou a Cruzada São Sebastião e o Banco da Providência, entidades destinadas ao amparo dos mais pobres.
Em 1946 recebeu um convite para assessorar o arcebispo do Rio de Janeiro. Seis anos depois foi nomeado bispo-auxiliar do Rio de Janeiro. Dom Hélder Câmara fundou a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da qual foi secretário durante 12 anos.
Em 12 de março de 1964, foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, pouco antes do golpe militar. Dias depois, divulgou um manifesto apoiando a ação católica operária em Recife. O novo governo militar acusou-o de demagogo e comunista e dom Hélder foi proibido de se manifestar publicamente.
No entanto, sua figura pública adquiria importância cada vez maior. Passou a fazer conferências e pregações no exterior, desenvolvendo intensa atividade contra a exploração e a favor dos mais pobres. Em 1970, fez um pronunciamento em Paris denunciando pela primeira vez a prática de tortura a presos políticos no Brasil.
Em 1972 foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Dom Hélder aposentou-se em 1985, tendo organizado mais de 500 comunidades eclesiais de base. No final da década de 1990, lançou a campanha "Ano 2000 Sem Miséria".
Dom Hélder Câmara deixou registrado seu pensamento em diversos livros que tiveram grande repercussão, sendo traduzidos em várias línguas. Sua atividade política, social e religiosa foi reconhecida no mundo inteiro. Dom Hélder recebeu centenas de homenagens e condecorações, além de diversos prêmios, no Brasil e no Exterior. Faleceu aos 90 anos, de parada cardíaca.

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