Há 180 anos, em 1829, surgiu o método Braile, um sistema que traduz o alfabeto convencional para um formato que permite aos deficientes visuais ler e escrever através de caracteres em relevo, que possibilita a identificação dos sinais pelo tato. Nos últimos anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem dado atenção especial aos portadores de deficiência e tem na sua estrutura um grupo de trabalho que atua para implementar ações de inclusão de pessoas com deficiência. Ao todo, o Tribunal emprega 43 funcionários com algum tipo de deficiência, entre servidores (19) e terceirizados (24). No último mês de dezembro, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, assinou um acordo juntamente com o presidente do Senado Federal, Garibaldi Alves, para desenvolver parcerias que possibilitem a acessibilidade de pessoas com deficiência. Em 2009, segundo o ministro Gilmar Mendes, o Supremo vai colocar em prática as ações resultantes da parceria que visam o princípio da igualdade. O STF “agora vai incrementar esse trabalho com o subsídio que colhe do Senado Federal”, afirmou na ocasião o ministro. A página do Tribunal na Internet, por exemplo, foi concebida com as características de acessibilidade que permitem aos deficientes visuais terem acesso ao conteúdo. O formato atende aos critérios exigidos pela regulamentação que trata do tema. Urna eletrônica em braile Desde as eleições de
Um projeto de iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) pretende incluir para as próximas eleições, em 2010, o atendimento pela Língua Brasileira de Sinais, específico para pessoas surdas e mudas, efetivando ainda mais o direito à acessibilidade, garantido na Constituição Federal.
História
O método braile consiste em seis pontos salientes por meio dos quais é possível fazer 63 combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismo, sinais algébricos e notas musicais.
Ele foi lançado pelo francês Louis Braille que adaptou o método para os moldes como é usado atualmente. Antes, oInstitut Royal des Jeunes Aveugles de Paris (Instituto Real de Jovens Cegos de Paris) criou para ensinar os cegos a ler. As primeiras experiências envolviam a gravação em alto-relevo de letras grandes, em papel grosso. A invenção colaborou para o método desenvolvido posteriormente por Louis Braille que, com apenas algumas pequenas melhorias, permanece basicamente o mesmo.
Louis Braile era cego e sua deficiência visual foi resultado de um acidente na oficina de arreios e sela do seu pai, quando tinha três anos de idade. Ele foi ferido no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda e teve uma infecção que alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total.
O método desenvolvido por ele foi adotado oficialmente pela Europa e pela América no ano de sua morte, em 1852 e atualmente representa uma importante ferramenta na consolidação e garantia de acesso dos deficientes visuais ao direito fundamental à informação.
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