domingo, 25 de janeiro de 2009

N E P O T I S M O

Na lógica pessoal dos prefeitos cearenses é defensável nomear parentes

Confiança pessoal, afinidade com a respectiva área de atuação e amparo legal foram as explicações dadas pelos prefeitos ouvidos pelo O Povo para nomear parentes para postos do primeiro escalão nas prefeituras:

“Você é casado?”, perguntou o prefeito reeleito de Altaneira, Dorival de Oliveira (PSDB), dirigindo-se ao repórter, para em seguida emendar: “Pois a quem você confia tudo quando sai de casa?”. Para o tucano, a lógica é a mesma para explicar por que nomeou a mulher, Damaris de Oliveira, secretária da Educação. Isso, reforça o prefeito, aliado à afinidade com o cargo, pelo fato de a primeira-dama ser professora. “Você não pode é nomear uma pessoa de fora da área”, defende-se.

O argumento de Dorival - que pode ser resumido nos conceitos de confiança e competência - foi o tom adotado por alguns prefeitos abordados pelo O Povo, quando questionados sobre as nomeações de parentes para o secretariado.

O petista Décio Munhoz, prefeito de Cascavel, saiu em defesa da nomeação da mulher, na forma de elogios à primeira-dama. “A Teca (Maria Terezinha, secretária da Cultura) tem um talento especial”, declarou ele. “Se prefeito quisesse dar um cargo para a mulher só por dinheiro, teria muitas formas, devido às amizades que a gente tem”, completou. 

Matéria publicada no Jornal O Povo de 25/01/09

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